Originária da Emilia-Romagna, no noroeste da Itália, a casta Ancellotta é mais conhecida pela sua utilização em cortes, onde contribuiu com cor, tanino e acidez.
Na província de Reggio Emilia a Ancellotta é usada na produção de Lambruscos, como o Salamino e o Marani, além de ser a uva principal do Reggiano Rosso DOC.
Após a Primeira Guerra Mundial, a Ancellotta foi introduzida em outras regiões da Itália, como Trentino, Friuli, Lombardia, Veneto, Toscana, Apulia e Sardegna.
Fora da Itália, a Ancellotta pode ser encontrada na Suíça (adicionando cor a alguns Pinot Noir), Brasil e Argentina. Nesses últimos dois a casta é bastante valorizada, sendo utilizada como varietal.
Recentemente contamos aqui no site nossa experiência com dois Ancellottas que provamos no Vale dos Vinhedos, um da Don Laurindo e outro da Peculiare. Apreciamos muito o ‘Peculiare Ancelota Gran Reserva 2013’, e saímos de lá com um exemplar de 2008. Provamos recentemente e o mesmo evoluiu muito bem, sendo um vinho estruturado, com notas terciárias de especiarias doces que remetem aos grandes tintos do norte da Itália.
Por isso o mundo dos vinhos é tão fantástico. Quem diria que uma uva utilizada apenas em cortes na Itália, se tornaria estrela de vinhos ricos e com potencial de envelhecimento no Brasil.
Bibliografia:
– Wine Grapes – Jancis Robinson, Julia Harding & José Vouillamoz – Ed. Ecco Press